Benfica falou mais alto em tarde (A)rouca…
Tarde de gala da equipa encarnada a fechar com chave de ouro os jogos em casa, no Estádio da Luz. Numa tarde de sol, 49364 espetadores presenciaram a um belo jogo de futebol entre o SL Benfica e o FC Arouca. Uma mão cheia de golos guiaram o SL Benfica a uma goleada fechando os jogos no excelente relvado da luz com uma exibição de luxo que deixaram os benfiquistas á beira da loucura. 5-0 foi o resultado volumoso mas as oportunidade foram muitas mais.
Vinte Minutos à Benfica…
A expressão 5 minutos à Benfica ficava bem se olharmos para os primeiros 2o minutos, com oito oportunidades de golo feito, em que Arruabarrena, guarda redes arouquense e o poste, evitaram que o golo surgisse mais cedo. Rafa, com uma exibição à Rafa, Carreras, Di Maria e Koçku, João Neves e João Mário ao poste estiveram perto de inaugurar o marcador. O volume ofensivo encarnado era tão evidente que a equipa visitante andava aos papéis sem conseguir perceber o que estava a acontecer.
O Melhor Benfica da Época ou um Arouca Macio demais…
A expressão bem portuguesa “uma equipa joga o que a outra deixa jogar” podia definir este jogo. O Benfica dominou em toda a linha, com constantes mudanças de velocidade, com a Rafa endiabrado, o melhor em campo, impulsionado pelos incentivos constantes, afinal são oito anos de águia ao peito. Mas afinal, onde esteve a diferença neste jogo, contra uma equipa que venceu recentemente em Braga, por 3-0 e, que é uma das melhores equipas da liga? A diferença chamou-se Roger Schmith. O treinador alemão deu indicações à sua equipa para jogarem 10 metros mais à frente do que vinham fazendo nos últimos jogos. Basicamente, fazendo lembrar o futebol brilhante que fizeram na primeira metade da época do ano passado, onde o Benfica quebrava as defesas contrárias com uma pressão sufocante. Jogar com pressão mais uns metros no meio campo adversário parece ser a solução de uma equipa que ao longo do campeonato poderia ter dado mais.
Diagonais com bola para a frente…
Outro aspeto que se percebeu na equipa do Benfica foi a reação à pressão que a equipa do Arouca fazia. Aquando dos pontapés de baliza do Benfica, o Arouca subia as linhas e pressionava. Trubin e companhia em vez de trocar a bola cá trás, as bolas eram colocadas milimetricamente na frente, em perigosas diagonais, que obrigava o Arouca a recuar para evitar ser surpreendida no seu meio campo. Na primeira parte, via-se a equipa visitante a recuar em esforço, sempre atrás do prejuízo.
Carrega Benfica…
A certa altura, o perigo encarnado era tanto, que a equipa de Daniel Sousa, não sabia se pressionava ou se vinha a correr para trás. Nesses momentos de indecisão o Benfica carregava forte nos arouquenses.
3-0 ao Intervalo e podiam ser mais…
Chegou o intervalo, com uma vantagem do Benfica de 3-0. Mas podiam ser 6 ou 7. O Arouca perdido em campo, com os jogadores da casa a perder sucessivas oportunidades numa tarde, onde Rafa foi o melhor, mas o pêndulo João Neves a ser um verdadeiro relógio suíço, embora exagere, talvez por ordens da equipa técnica, a jogar para trás. O jovem génio pode fazer mais, se tentar furar pelas defesas contrárias, criando espaços para Di Maria ou Rafa. Di Maria em grande nível e Florentino, um box-to-box, sem ser carregador de piano, é um “carro de combate, blindado” na defesa encarnada. Um pouco mais de confiança e técnica e será um caso sério no futuro próximo.
2ª Parte a partir tudo…
Quem vê Di Maria jogar pode pensar. Será que o argentino está acima de todos e de todos. Verdade. Dá a sensação que por vezes, a equipa não o consegue o acompanhar, ajudar, a sua técnica é tanta, que dá a sensação que os próprios colegas ficam na espectativa. O melhor golo da tarde seria de Di Maria se Rafa no início da jogada não estivesse fora de jogo. O Arouca fez muito pouco na Luz, porque este Benfica não deixou. O modelo de jogo do próximo treinador do Braga ficou encalhado na beleza e velocidade dos benfiquistas.
Boa arbitragem mas…
Fábio Melo, tentou fazer um jogo à inglesa, mas equivocou-se em pequenas falhas, mas no geral cumpriu. Marcou duas grandes penalidades “sem espinhas”, a sancionar primeiro uma mão na área e depois uma rasteira grosseira sobre Kockçu. Se juntarmos uns cartões mal mostrados, foi uma tarde com uma boa arbitragem mas com lapsos à mistura.
O Momento alto na Luz…
Rafa é substituído no final do jogo com o inferno da luz a brindar o pequeno génio aos aplausos merecidos de uma vida… uma vida dedicada ao Benfica. São muitos anos de águia ao peito.
Balanço Final…
A época para muitos ficou à aquém do esperado. Vencer a supertaça ao FC Porto no início da época e apurar os encarnados para a Liga dos campeões parece saber a pouco. Um segundo lugar que é o primeiro dos últimos parece não agradar ao tribunal da luz. Os adeptos queriam mais. E se o SL Benfica jogasse sempre assim, 10 metros à frente e com futebol em velocidade com constantes passes de rutura e diagonais?
Numa tarde de sol, o Benfica jogou e não deixou jogar, caso para dizer, fez com que os adeptos fossem á loucura, que puxassem pela equipa, gritassem até que a voz, ficasse (A)rouca.
Deixe o seu comentário