Famalicão 2 – Benfica 0

Mais uma. Foram duas seguidas. Duas seguidas é sempre uma boa marca, seja no que for…

Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica perde o primeiro jogo da Liga.

E ambas no norte. No Bessa contra o Boavista no passado. Na terra do “Amor de Perdição” neste ano.

Tomando como paralelo a última deslocação a Famalicão, no jogo em que o Benfica, praticamente, entregou o título ao Sporting, pode até dizer-se que foi pior.

Os jogadores famalicenses tiveram sempre as melhores soluções, foram sempre melhores a tapar espaços, ou a abri-los. No passe longo, ou no curto. No drible. Na pressão, onde quer que fosse preciso. E quando os jogadores do Famalicão são melhores que os do Benfica o mundo, para os benfiquistas, gira ao contrário.

O Famalicão marcou logo aos 12 minutos, por Sorriso, quando já era visível que o Benfica nunca se entendia com aquela pressão, nem com aquela intensidade. Nunca se entendeu, de resto.

Com Schmidt a lançar o onze afinado na pré-época, o primeiro remate por João Mário aconteceu aos 58 minutos, quando perdia desde o minuto 12!

Só isso diz tudo. Isso e que apenas num curto período da segunda parte, já depois das substituições, e depois da entrada de Di Maria, quando o Famalicão se deixou empurrar para dentro da sua área, conseguiu – mesmo sem largura no jogo, mesmo sem linha final, sem automatismos e mesmo sem nada que desse certo – duas ou três oportunidades para empatar o jogo.

E antes de marcar o segundo golo, aos 90 minutos, já o Famalicão desperdiçara duas claras oportunidades para marcar, em lances em que humilhou a defesa adversária.

O Benfica só se pode queixar do fraco desempenho dos seus jogadores e da desastrada leitura de jogo do treinador que, antes garantia ter a equipa pronta para arrancar o campeonato.

Depois, não conseguiu, sequer, explicação para a humilhação…

RM