A situação ímpar e extraordinária que vivemos nos dias de hoje, causada pela pandemia do vírus SARS-CoV-2 e da COVID-19, veio relembrar-nos a importância que o acesso à Internet assume nos dias de hoje.

Pode dizer-se que foi no início da década de 70 que nasceu a Internet, quando um grupo de investigadores criou as primeiras redes experimentais e um conjunto de protocolos de comunicação conhecidos como TCP/IP, os quais viriam a dar origem à World Wide Web, a Internet como hoje a conhecemos.
Rapidamente a Internet deixou de ser uma criação experimental para passar a ser um fenómeno histórico que marcou uma profunda revolução na organização das sociedades, com amplas mudanças do ponto de vista cultural, económico e do conhecimento.

No fundo, nunca antes uma tecnologia tinha transformado o mundo em tão pouco tempo.

Assim, torna-se evidente que uma das quatro prioridades do programa eleitoral do Partido Socialista tenha sido a da «sociedade digital».

Que se tem materializado em políticas muito concretas, desde a aposta em programas de investigação na área da ciência de dados e da inteligência artificial ao retorno do Programa Simplex (terminado pelo último Governo PSD/CDS-PP).

É graças a este programa que, mesmo em isolamento, podemos fazer a renovação online do nosso cartão de cidadão ou obter o preenchimento automático do IRS.

É também este programa que permitirá, no final desta legislatura, ter os 25 serviços mais utilizados pelos cidadãos e pelas empresas desmaterializados, simplificados e acessíveis online.

E é graças a esta ambição do nosso governo que Portugal entrou recentemente para o D9, o grupo dos 9 países mais avançados do mundo em matéria de governo digital.

Mas o isolamento a que a maioria dos portugueses tem sido forçada nas últimas semanas lembra-nos que o acesso à Internet está já entranhado nas nossas vidas: só assim temos mantido reuniões de trabalho, aulas à distância, idas ao ginásio virtual, ou simplesmente preservado contacto com amigos e familiares. Sem esta rede ficaríamos confinados ao isolamento quase absoluto.

E destaco as aulas à distância:

Tem sido monstruosa a capacidade de adaptação do nosso sistema educativo a esta realidade temporária. É certo que, no imediato, e por falta ou abandono de algumas políticas no passado, ficam a nu várias desigualdades entre alunos e famílias, seja na falta de acesso à internet ou a equipamentos tecnológicos.

Mas, para o Partido Socialista, nesta transição digital ninguém pode ficar para trás. E é por isso que o Governo, com os estabelecimentos de ensino, têm estado a fazer um enorme esforço para apurar que alunos não têm Internet ou computador em casa, contactando operadores de telecomunicações e empresas para responder às necessidades desses estudantes no imediato.

No nosso Concelho temos muito que agradecer à Presidente da Câmara, Drª. Luísa Salgueiro, pelo esforço feito, nesta e noutras áreas sociais: gratidão Drª. Luísa Salgueiro. O caminho que tem traçado, é bem o caminho do futuro

Mas a resposta terá de ser mais ambiciosa: é necessário garantir um serviço de Internet universal e economicamente acessível a toda a população.
Mas é também indispensável garantir que cada aluno tem um computador pessoal para acesso a recursos educativos digitais.
Uma década depois, é caso para dizer:

volta Magalhães, estás perdoado.